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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Pinguim-imperador (Amor de pinguim)




O ciclo de vida desta espécie, num ambiente tão extremo, me faz acreditar que mais ninguém à face da Terra passe uma vida tão difícil.
Os machos desta espécie são um dos poucos animais que conseguem passar o inverno na Antártida, onde as  temperaturas podem chegar aos 40 °C negativos e  a velocidade do vento os 144 km/h.
Tanto o macho quanto a fêmea procuram alimento até uma distância de 500 km das colônias!
Para se proteger do frio, uma colônia pode formar um agregado compacto com várias centenas de aves, as aves na periferia movimentam-se lentamente  produzindo uma ação de mistura lenta e fazendo com que cada ave esteja períodos dentro e períodos na borda do agregado.
O padrão reprodutivo é bastante característico, com o ciclo de reprodução anual começando no início do inverno.
Eles viajam até áreas de nidificação em colônias, muitas vezes caminhando de 50 a 120 km!
Os machos chegam primeiro e encontram seu ninho no mesmo local que foi ocupado no(s) ano(s) anterior(es).
Eles cuidam do ninho, preparando tudo para a chegada da fêmeas, que vão chegando aos poucos.
Os pinguins-imperador só têm um parceiro em cada ano e nesse tempo permanecem fiéis.
Quando as fêmeas chegam, os machos cantam para serem encontrados por sua parceira.
Quando um macho gosta de uma fêmea ele procura na praia toda pela pedra mais perfeita para apresentar a ela, quando finalmente acha, ele vai até ela e se apresenta com a pedra colocando-a nos pés dela. 
Tanto o macho quanto a fêmea perdem uma grande quantidade de peso durante o período reprodutivo.
Após a postura do ovo, as reservas nutricionais da fêmea estão esgotadas. 
Então ela  transfere cuidadosamente o ovo para o macho, antes de regressar imediatamente ao mar para se alimentar durante dois meses. 
A transferência do ovo deve ser precisa pois se eles deixarem o ovo cair este se rachará imediatamente por causa da baixa temperatura.
O ovo é incubado pelo macho durante cerca de 65 dias, eles nunca abandonam o ovo e sobrevivem à base da camada de gordura acumulada durante o verão. 
Por altura do nascimento da cria, o macho encontra-se sem comer por cerca de 115 dias!
Para sobreviver ao frio e aos ventos, os machos formam agregados. 
As fêmeas regressam na altura do nascimento da cria.
Elas acham seu par, dentre as centenas de outros,  através do seu chamamento vocal.
Depois ela começa a tomar conta da cria, alimentando-a por regurgitação da comida que acumulou no seu estômago.
O macho deixa então a colónia, dirigindo-se ao mar para se alimentar.
E assim seguem os progenitores, revezando-se várias vezes, enquanto um toma conta da cria, o outro alimenta-se no mar.

AMOR DE PINGUIM
“Eu quero um amor de pinguim, um amor que dure a vida toda. 
Um amor puro e verdadeiro. 
Um amor que frutifique. 
Um amor de fidelidade e lealdade. 
Um amor que ultrapasse as tempestades, as intempéries, as distâncias. 
Um amor que ano após ano retorne para me encontrar no mesmo lugar. 
Que seja diferente todos os dias e que reforce dia após dia suas convicções.
Eu quero um amor de pinguim. 
Um amor que apesar de toda dificuldade, sempre retorna para o ser amado. 
Um amor simples e sem grandes pretensões, mas que é grandioso apenas por ser amor. 
Eu quero um amor de pinguim. 
Um amor que colabora, que inspira, que encoraja. 
Um amor que divide, que soma, e que jamais subtrai. 
Um amor que não foge das dificuldades mas que as enfrenta junto ao ser amado. 
Um amor que em dias frios seja capaz de aquecer meus pés, que em dias quentes consiga refrescar minha alma, e nos dias amenos coloque vida em minha vida.
Um amor eterno. 
Um amor imenso. 
Feito um amor de pinguim”

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